Sinopse:
Adaptação do conto de Nicolai Gogol, pai do realismo russo. A história de um funcionário público que cria para si um mundo de fantasias para escapar da pequenez de sua vida, uma nova identidade que cresce até fazer dele um rei. Sua existência, pobre e solitária é apresentada como se o mesmo vivesse em um pequeno quarto - seu mundo, onde em seus delírios, ele relata a sua insignificância no emprego, pateticamente simbolizada pela função que ocupa.
Axenty Ivanovitch Propritchine é a encarnação da insignificância: sua existência pobre e solitária é apresentada como se o mesmo vivesse em pequeno quarto, (seu mundo) onde em seus delirios, ele relata a falta de importância para com ele em seu emprego, pateticamente simbolizada pela função que ocupa: funcionário de apontar penas de escrever. Para escapar da pequenez de sua vida, ele cria para si um mundo de fantasias, uma nova identidade que cresce até fazer dele um rei. Esse pequeno mundo que no primeiro momento vimos como seu quarto, na verdade é o mesmo espaço de opressão que a sociedade o coloca como um individuo perigoso sendo isolado em um manicômio.
Metáfora sobre a alienação, o texto mergulha profundamente nas causas sociais da loucura mostrando que, na cisão entre realidade e desejo, entre o mundo que se oferece para ser vivido e o mundo a que não se tem acesso, cria-se um abismo que cinde a personalidade.
Montagem:
A realização desta montagem é uma proposta de continuidade de pesquisa da Cia Produz Ação Cênica, que busca agora para a sua encenação um clássico da literatura e da dramaturgia mundial, na qual se discute a relação conflituosa do homem com sua sociedade e evidencia o seu valor, o seu caráter, numa relação entre indivíduos que também está inserida na formação desta sociedade. No entanto, o segundo tema apresentado não está calcado nos problemas individualistas. Gogol de forma brilhante faz uma crítica a burocracia que impede a livre iniciativa, o crescimento do sujeito profissionalmente e socialmente e o torna um ser inerte, amorfo. A alternativa, neste caso, é refletida no sonho, no delírio e na manifestação esquisofrênica do personagem.
A montagem é uma oportunidade de tratar o tema loucura de forma séria, deixando de lado os clichês; de mostrar o processo de alienação e toda a tragetória de um personagem que perdeu o que chamamos de lucidez.
Direção:
Dois atores para representar uma única pessoa que tem a personalidade cindida: um monólogo a dois. O que poderia ser um contra-senso torna-se fundamento da encenação de “Diário de um Louco”, a partir do conto homônimo de Nicolai Gogol. Em nossa encenação do conto de Gogol, reforçamos a solidão e o absurdo a partir de corredores e guichês que procuram organizar o percurso de acesso da personagem ao gabinete do Diretor. A sub-função de absurda desimportância dentro de uma burocracia vazia e a solidão imergem a personagem numa ficcionalização de uma outra realidade. Ela cria para si justificativa de sua extrema importância. Misturando narração e dramatização, a montagem confronta real e ilusório, fazendo a personagem criar um mundo possível para si, a partir de restos do mundo a que ela não tem acesso. Não se esquecendo da comicidade do autor, a encenação propõe guardar o que de mais valoroso a história da comédia nos oferece: o trágico.
Metáfora sobre a alienação, o texto mergulha profundamente nas causas sociais da loucura mostrando que, na cisão entre realidade e desejo, entre o mundo que se oferece para ser vivido e o mundo a que não se tem acesso, cria-se um abismo que cinde a personalidade.
Montagem:
A realização desta montagem é uma proposta de continuidade de pesquisa da Cia Produz Ação Cênica, que busca agora para a sua encenação um clássico da literatura e da dramaturgia mundial, na qual se discute a relação conflituosa do homem com sua sociedade e evidencia o seu valor, o seu caráter, numa relação entre indivíduos que também está inserida na formação desta sociedade. No entanto, o segundo tema apresentado não está calcado nos problemas individualistas. Gogol de forma brilhante faz uma crítica a burocracia que impede a livre iniciativa, o crescimento do sujeito profissionalmente e socialmente e o torna um ser inerte, amorfo. A alternativa, neste caso, é refletida no sonho, no delírio e na manifestação esquisofrênica do personagem.
A montagem é uma oportunidade de tratar o tema loucura de forma séria, deixando de lado os clichês; de mostrar o processo de alienação e toda a tragetória de um personagem que perdeu o que chamamos de lucidez.
Direção:
Dois atores para representar uma única pessoa que tem a personalidade cindida: um monólogo a dois. O que poderia ser um contra-senso torna-se fundamento da encenação de “Diário de um Louco”, a partir do conto homônimo de Nicolai Gogol. Em nossa encenação do conto de Gogol, reforçamos a solidão e o absurdo a partir de corredores e guichês que procuram organizar o percurso de acesso da personagem ao gabinete do Diretor. A sub-função de absurda desimportância dentro de uma burocracia vazia e a solidão imergem a personagem numa ficcionalização de uma outra realidade. Ela cria para si justificativa de sua extrema importância. Misturando narração e dramatização, a montagem confronta real e ilusório, fazendo a personagem criar um mundo possível para si, a partir de restos do mundo a que ela não tem acesso. Não se esquecendo da comicidade do autor, a encenação propõe guardar o que de mais valoroso a história da comédia nos oferece: o trágico.
Glicério Rosário
Ficha Técnica:
Texto: Nikolai Gogol
Supervisão de Texto: Ítalo Mudado
Direção do espetáculo: Glicério Rosário
Atores: Carluty Ferreira e Genilson Mendes
Assistente de Direção e Preparação Corporal: Ana Medeiros
Preparação vocal: Ivania Marinho
Cenografia: Carluty Ferreira
Figurino: Carluty Ferreira
Iluminação: Felipe Cossi Andrade
Trilha Sonora: Gilberto Mauro
Maquiagem: O Grupo
Produção Executiva: Carluty Ferreira e Hely Rodrigues
Direção de Produção: Carluty Ferreira
Desing Gráfico: Charles Heringer e Marilene Rocha
Costureira: Rosali Perdigão
Cenotecnica: Milton César
Fotografia: João Teodoro
Apresentações:
6 à 29/1/2011 na 37º Campanha de Popularização do Teatro e da Dança no Cento e Quatro -- 2010 Festival de Teatro da Loucura/Barbacena -- 8 à 31/1/2010 na 36º Campanha de Popularização do Teatro e da Dança no Palácio das Artes (João Ceschiatti) -- de 3 à 26/4/2009 no Teatro Nossa Senhora das Dores
6 à 29/1/2011 na 37º Campanha de Popularização do Teatro e da Dança no Cento e Quatro -- 2010 Festival de Teatro da Loucura/Barbacena -- 8 à 31/1/2010 na 36º Campanha de Popularização do Teatro e da Dança no Palácio das Artes (João Ceschiatti) -- de 3 à 26/4/2009 no Teatro Nossa Senhora das Dores